sábado, 18 de junho de 2011

O telefonema


  Era uma tarde ensolarada, eu e dois amigos estávamos conversando enquanto todos estavam dentro do ginásio onde acontecia um evento.
            Depois de tantas brincadeiras e conversas resolvi ficar escorada em uma parede olhando para aquele belo céu azul e pensando em minha vida. De repente percebo que meu amigo estava de cabeça baixa e não sabia o motivo. Chamei o meu outro amigo e tentamos conversar com esse meu amigo que estava na verdade chorando. Tentamos saber o que havia acontecido. Ele virou e falou que alguém o tinha ligado falando que uma amiga sua tinha sofrido um acidente e estava hospitalizada. Só de olhar para ele, já sentia uma vontade enorme de chorar. Imaginei se aquilo estivesse acontecido comigo. Se no lugar da amiga dele na verdade estivesse uma amiga minha. Fiquei em estado de choque e já não sabia mais o que fazer. Tentamos acalmá-lo e o pedimos que tentasse ligar para alguém que estivesse com a sua amiga e o contasse o que realmente aconteceu.
            Seu desespero era tão grande que ele procurava em seu telefone todos os números que pudessem ajudá-lo, a saber, como sua amiga estava. Ele tentava e nunca dava certo. Ao mesmo tempo em que a chamada ia sendo completada, caia de seus olhos uma lágrima. Não uma lágrima de agonia e sim uma lágrima de esperança. Uma esperança que poderia existir em algum lugar.
            Passando o tempo, depois de tanto ligar e ligar, ele chega falando que tentou ligar para uma vizinha e que era uma conhecida de sua amiga. E ao perguntar sobre o acidente que tinha ocorrido, a vizinha o falou que nada havia acontecido. Que na verdade a menina estava em casa e não tinha nem saído. Ou seja, tudo não passou de um susto. E aquela pessoa que havia ligado não tinha mais nada para fazer. Ficamos tão aliviados e ao mesmo tempo com raiva pelo fato de terem ligado apenas para fazer o mal. Mas quando se trata de maldade, tudo pode acontecer.

                                                                                                                                  Rebeca Castro.

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